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domingo, 8 de janeiro de 2012

Para quem acha que começou tarde...

Achei esta reportagem incrível!Este post vai especialmente para minha amiga Cássia Pires do blog "Dos passos da bailarina".



Idosas aprendem ballet clássico depois dos 60

Diamantina Jochen sempre sonhou ser bailarina. “Sempre via na televisão e pensava em como gostaria de ser. Via aquela menina dançando na novela e ficava imaginando que era ela”.

A realização chegou aos 62 anos. Ela faz parte da primeira turma de ballet do Centro de Convivência do Idoso Antônio Martin Guerra, em Carlos Barbosa. Entre demi-pliés, skips e giros, as 10 idosas barbosenses fazem duas horas semanais do exercício.

Os encontros do grupo iniciaram em agosto e agora as bailarinas já se preparam para a primeira apresentação de final de ano, onde mostrarão tudo que aprenderam neste semestre em contato com a delicada arte do ballet clássico.


“Estou achando maravilhoso. A gente não pode fazer quando era pequena, não tivemos a oportunidade, mas fazemos agora. A gente fica com a cabeça tão leve, tão bom”, completa a aspirante a bailarina Diamantina.

Aurea Patzlaff lembra de levar a neta para fazer ballet. Agora, aos 66 anos, ela que virou a aluna. ”É uma novidade pra gente. Jamais pensei que um dia poderia fazer. Não está tão certo ainda, mas vamos chegar lá”, projeta.

Nem todas sonhavam em ser bailarinas, mas a arte vem conquistando as senhoras. “Quando falaram de ballet eu achei graça. Pensei: com essa idade fazer ballet? É coisa de menininha. Mas eu estou gostando muito”, conta Nair Somensi, 69 anos. Ela completa com benefícios: “Não deixa de ser uma ginástica. Ajuda para a coluna e para as pernas.”

A professora do grupo, a bailarina clássica Cristiane Bristot, buscou pelo Centro de Convivência para a realização de seu projeto de Pós-graduação, onde quer observar a relação da dança clássica com o bem-estar na terceira idade. Todas as alunas são bastante ativas participando de diversas atividades no Centro de Convivência, porém nunca haviam tido contato com o ballet.

“Temos conhecimento que a dança melhora o equilíbrio, a postura, além de auxiliar na socialização. Neste grupo, que está tendo o contato com o clássico pela primeira vez, posso observar se estes benefícios também são perceptíveis. O progresso delas já pode ser notado”, explica Cristiane.

Segundo a secretária de Assistência Social e Habitação, responsável pela Política Municipal do Idoso, Vera Rejane Prestes dos Santos Martins, oferecer sempre mais atividades para os idosos é uma meta da Administração Municipal. “Temos idosos muito ativos, que participam e aproveitam os cursos que lhes são oferecidos. Como Administração, buscamos inovar sempre, oferecendo atividades que qualifiquem as vivências dos idosos tanto no sentido físico como mental”, destaca. Atualmente a terceira idade pode participar de cursos diversos, oficinas de teatro, dança, informática e outros, além de bailes de confraternização.

Vera lembra que a Secretaria foi procurada para desenvolver o projeto, mas que o incentivo ao maior número de práticas possíveis é um norte da Política Municipal do Idoso, fornecendo, inclusive, a estrutura necessária à prática destas atividades. “Percebemos imediatamente no ballet mais uma alternativa para diversificar as atividades físicas e lúdicas já oferecidas e de oportunizarmos o desenvolvimento de uma atividade que elas não tiveram como vivenciar quando eram crianças. A aceitação está muito boa”, completa, lembrando que a primeira apresentação do grupo será no Recital Natalino, no dia 13.


Espaço para socializar
As senhoras que participam do ballet já praticam outras modalidades oferecidas no Centro de Convivência, como dança, alongamento e informática. “Estava sempre em casa e me sentia presa lá dentro. Aqui me sinto bem”, conta Marlene da Silva Pinto, 63 anos.

Iris Grappiglia, de 65 anos, conta que não conhecia muito bem o ballet. “Nunca pensei que com a minha idade iria fazer esses passinhos diferentes”, se diverte. Outra aluna, Madalena Morari, 64 anos, conta que não acha difícil as aulas. “Estou adorando, é muito bom”, comenta, endossada pelas colegas.
“Quando me convidaram eu fiquei com medo, porque com a idade que eu tenho, não conseguiria talvez tudo, poderia resvalar, mas eu gostei. É um tipo de ginástica, mas tem que ficar quieta e prestar atenção”, comenta Terezinha Lamb, 72 anos, a mais velha do grupo.
A avó de Cristiane, Leonilde Bristot, pela primeira vez desde que acompanha a neta vai unir-se a ela como bailarina. “É difícil se concentrar, a gente troca os passos, mas tudo bem. Estou achando um espetáculo, porque depois dessa idade fazer ballet é legal, né?”.

Com essa disposição, ninguém terá coragem de discordar.


Amei 1000 vezes!


Créditos: http://www.carlosbarbosa.rs.gov.br/site/vernoticia.php?id=1635

4 comentários:

Shaiany disse...

Tia Myrna...vc vai ter que aturar suas alunas por todo este tempo kkkkk

Myrna disse...

Ainda bem Shay! Ballet até o fim.

Cássia Pires disse...

Myrna, só li o post hoje. Que coisa mais linda! Muito obrigada. =) Eu vou compartilhar, para todos verem como o ballet, realmente, é para todo mundo.

Grande beijo.

Myrna disse...

Eu é que agradeço, Cássia! Lembrei de você na hora em que encontrei este artigo. E é isto mesmo..Ballet é para todos e não tem idade! Beijos

Todos os sonhos do mundo...

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Por Benicia Marcantonio