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quinta-feira, 17 de março de 2011

A presença de Tchaikovsky nas trilhas de cinema


Desde que o cinema ganhou som, no ano de 1927, o autor russo tem sido presença constante nas trilhas de filmes do mundo inteiro.
O filme “Cisne Negro” deu o Oscar de melhor atriz para Natalie Portman. Poderia ter levado também o prêmio de melhor trilha sonora. Mas, como a música do filme foi baseada em Tchaikovsky, ela nem chegou a concorrer. Para o Oscar, autores mortos não contam. Se esse critério rígido não existisse, Tchaikovsky seria sem dúvida campeoníssimo nas premiações da Academia de Hollywood. Outro filme recente, “O Concerto”, dirigido pelo romeno Radu Mihaileanu, tem como personagem principal uma peça do compositor russo, que é executada quase na íntegra. Esta coprodução russo-franco-ítalo-belga-romena é centrada no “Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior, Ópus 35, de Tchaikovsky, uma de suas mais arrebatadoras composições.

Desde que o cinema ganhou som, no ano de 1927, o autor russo tem sido presença constante nas trilhas de filmes do mundo inteiro. Inúmeras histórias de amor de Hollywood foram embaladas pelo tema de amor de “Romeu e Julieta”. Muitos cinedramas ambientados no mundo da ópera e do balé foram também sublinhados pela música envolvente de Tchaikovsky. Devemos lembrar ainda as filmagens épicas envolvendo as guerras napoleônicas. Muitas delas se desenrolaram ao som da “Abertura 1812”, com suas cenográficas salvas de canhão.

Tchaikovsky está presente também numa das mais importantes produções dos estúdios de Walt Disney, “Fantasia”, de 1940, um dos grandes clássicos do cinema de animação. Considerado ousado demais para a época, este casamento de música e imagem teve um de seus grandes momentos na “Suíte Quebra-Nozes”, do compositor russo, na interpretação da Orquestra de Filadélfia, regida pelo maestro Leopold Stokowski.

A vida do próprio compositor, Piotr Ilitch Tchaikovsky – nascido em 1840 e morto em 1893, aos 53 anos –, inspirou o cinema. Coincidentemente, suas duas cinebiografias mais importantes foram lançadas quase ao mesmo tempo. O diretor russo Igor Talankin fez, em 1970, o filme “Tchaikovsky”, com o ator Innokenty Smoktunovsky no papel-título. Em 1971, o diretor britânico Ken Russell deu um tratamento psicodélico à vida e carreira de Tchaikovsky, no filme “The Music Lovers” (“Delírio de Amor”). Russell filmou, entre outras coisas, a ópera-rock “Tommy”, do grupo inglês The Who, e retratou Tchaikovsky como se fosse – com a antecipação de um século – o equivalente de um superastro pop para os amantes da música clássica no auge do romantismo.

Pela qualidade e importância de sua música, Tchaikovsky continuará marcando presença no cinema, com toda a certeza.

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